Ludwig Von Mises. |
Neste texto
destacou-se algumas passagens do livro "Marxismo desmascarado"
(Ludwig Von Mises). O livro foi escrito a partir de conferências do Mises nos
dias 23 de junho a 3 de julho de 1952. Época em que o socialismo se expandia
por todo o mundo. O leste europeu estava tomado pela União Sovietica, a China
estava nas mãos do comunista Mao Tsé Tung.
Ludwig Von
Mises (1881-1973) era professor e economista, judeu de nacionalidade austríaca,
e posteriormente americana. Foi membro da Escola Austríaca de pensamento
econômico. Para Mises o socialismo necessariamente é insustentável, pois é
incapaz de resolver o problema do cálculo econômico. Ele foi o primeiro a
reconhecer que economia faz parte de uma ciência maior dentro da ação humana.
Marxismo desmascarado.
A primeira meta de praticamente todos os socialistas é a abolição da
propriedade privada, da competição de mercado e dos preços em dinheiro. No lugar
deles, o Estado nacionalizaria os meios de produção e como
"administrador" dos interesses da "classe trabalhadora"
planejaria de modo centralizado todas as atividades econômicas da
sociedade. Ou seja, para os socialistas/comunistas, quem deveria controlar
tudo era o Estado (governo), onde o Estado se torna forte e decidi pelo povo o
que é melhor. No decorrer da história pode-se observar tal fato nos países onde
implantaram o socialismo.
Mas o que essa gente se esquecem é: quanto mais forte é o Estado, mais imposto têm que ser arrecadado para planejar o que é melhor ao seu povo, pois o Estado não produz nada, e tudo que ele oferece de "graça" ao povo foi retirado dos trabalhadores através dos impostos.
Mas o que essa gente se esquecem é: quanto mais forte é o Estado, mais imposto têm que ser arrecadado para planejar o que é melhor ao seu povo, pois o Estado não produz nada, e tudo que ele oferece de "graça" ao povo foi retirado dos trabalhadores através dos impostos.
No livro
Mises descreve a respeito do Marx "pai" do socialismo. Como
se pode observar abaixo.
Quando Marx
morreu em 1883, seu nome era, e assim permaneceu por muito tempo desconhecido,
poucos jornais noticiaram sua morte. Somente 20 anos depois que as pessoas
começaram a considerar Karl Marx filósofo.
Nem Marx e
nem seu amigo Engels eram proletariado (classe de operário). Engels era bastado
com muito dinheiro. Karl Marx era sustentado quase completamente por Engels.
Marx não era do proletariado e nunca trabalhou em uma industria, era filho de
um advogado bem sucedido. Sua mulher Mrs. Jenny von Westphalen, 1814-1881 era
filha de um importante nobre da Prússia. Para Marx, nenhum burguês poderia
escrever a favor de socialismo. Um
pouco contraditório este pensamento, não é mesmo?
Marx acreditava que a acumulação de capital era um obstáculo. Para
ele, a única explicação para o acúmulo de riquezas era que uma pessoa roubasse
outra. De acordo com Marx. a situação dos trabalhadores piorou com a chegada do
capitalismo. Essa é mais uma das contradições incontornáveis do sistema
marxista, haja vista que a varíola que matou muitas pessoas na época
pré-capitalista, agora ela está praticamente erradicada. Avanços na medicina,
que por sua vez também são produtos do capitalismo.
No sistema
capitalista a promoção existe precisamente de acordo com o mérito. Muitos
que não alcançam este sucesso culpam a sociedade pelo seu fracasso e
voltam para o socialismo.
Para se
constatar, as ideias marxistas não se desenvolveram em países onde o povo tinha liberdades, mas
em país que não as tinham.
Nikolai
Bukharin (1888-1938), um autor comunista que viveu em um país comunista,
escreveu um panfleto em 1917, em que disse que no passado nós exigimos
liberdade de imprensa. pensamento e liberdades civis, porque nós estávamos na
oposição e precisávamos de liberdades para conquistar o poder. Agora que
nós o conquistamos, não há mais necessidade para estas liberdades. Bukharin foi
julgado e condenado à morte nos Expurgos de março de 1938, em Moscou. Se o Sr.
Bukharin tivesse sido um comunista americano, ele provavelmente ainda estaria
vivo e livre para escrever mais panfletos sobre porque a liberdade não é
necessária. O que aconteceu com
Bukharin em seu tempo, acontece também em nosso tempo. Por exemplo, você vê
pessoas que lutam para implantar o comunismo em países capitalistas, mas se
fizessem o contrário em países comunistas, provavelmente estariam mortos. O bom
do sistema capitalista é que você pode critica-lo, mesmo vivendo no sistema
capitalista. Isso sim é liberdade.
Um outro
ponto que Mises destaca é a respeito dos créditos bancários. Como destacou-se
abaixo.
Os bancos
frequentemente expandem o crédito por razões políticas.
Exite um
velho ditado que diz que se os preços estão subindo, se os negócios estão
prosperando, o partido no poder tem mais chance de vencer uma campanha
eleitoral do que teria em situação diversa. De modo que a decisão de aumentar o
crédito é frequentemente influenciada pelo governo que busca a
"prosperidade". Portanto, os governos de todo o mundo são favoráveis
a essa política de expansão de crédito.
Em todo
período de alta que precede uma crise, em todo país do mundo que experimentou a
expansão de crédito, você sempre encontrará pessoas que dizem: "isto não é
um boom que será seguido uma crise, só gente que não sabe o que está
acontecendo diz uma coisa dessas. Isto é prosperidade, uma prosperidade
perpétua". Quando mais as pessoas acreditam no slogan da prosperidade
perpetua, mais desesperadas elas ficam quando descobrem que a prosperidade
"perpétua" não dura para sempre.
A expansão
de crédito cria a ilusão de que há capital disponível, quando na verdade não
há. Caso parecido ocorreu no Brasil recentemente, quando o governo federal
em 2009 liberou créditos a fim de conter a desaceleração causada pela
crise financeira mundial. Quer entender melhor o porque o Brasil entrou em uma
crise financeira sem precedentes? Clique aqui.
Depois que
um país se torna comunista, a primeira medida a se tomar pelos governantes é simplesmente
declarar que existe mais propriedade privada, ele as toma e não paga pelo que
tomou. Algumas vezes dizem que pagarão, mas no fim arranjam alguma desculpa
para não pagar a indenização. Foi
assim em todo país que se implantou o socialismo/comunismo.
Mises
destaca que as vantagens do capitalismo não existem para beneficiar os
capitalistas, mas as massas. O capitalismo significa primeiramente produção,
produção em larga-escala para as massas. O consumidor, que está sempre certo,
se beneficia com o capitalismo.
Mises
termina seu discurso com a seguinte frase:
"Eu
apoio o capitalismo porque ele beneficia a humanidade. Eu não sou contra o
socialismo porque os socialistas são pessoas más, mas porque ele gera um
declínio completo no padrão de vida de todos e destrói a liberdade".
Referência
bibliográfica.
MISES, L.
V. Marxismo desmascarado. Campinas, SP: VIDE editorial. 2016.
Disponível
em <http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2466> Acesso em: 22 dez. 2016.
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